Consumidores brasileiros estão fazendo o possível (e o impossível) para reduzir os impactos da inflação. Entre as mudanças de comportamento, um dos destaques está em mais da metade deles (54%) concentrar as compras com marcas que oferecem o melhor negócio — somente 21% dizem continuar comprando de marcas que realmente amam independentemente do preço. O estudo Consumer Survey 2023, da Mirakl, ainda afirma que 93% das pessoas já buscam por preço no e-commerce diante da atual situação.
E-commerce é considerado melhor alternativa pra economizar
Um ponto muito relevante para o comércio eletrônico é que, segundo o estudo, as plataforma digitais estão entre as preferidas quando o assunto é economizar. Isso porque sete em cada 10 entrevistados dizem estar mais propensos a comprar online em tempos de inflação.
70% dos consumidores brasileiros são mais propensos a fazer compras online em épocas de alta inflação, quando comparado com 37% dos entrevistados globais
Como resultado dessa escolha, a grande maioria (cerca de 85%) pretende aumentar os gastos no e-commerce nos próximos 12 meses. Dentre as ofertas, o estudo entendeu que 48% dos consumidores digitais já buscam por produtos alternativos para reduzir os custos.
Um ponto da pesquisa que merece destaque: 70% dos consumidores brasileiros são mais propensos a fazer compras online em épocas de alta inflação, quando comparado com 37% dos entrevistados globais. Além disso, mais da metade (56%) dos entrevistados também dizem que raramente visitam uma loja física — a média global é de 31%.
Marketplace segue como melhor opção de compras online
Pesquisados disseram que utilizam os marketplaces para realizar 50% das compras online diversas. Interessante mensurar que 87% dão preferência a e-commerces que vendem em marketplaces aos que ainda não o fazem.
Sobre os motivos da preferência pelo marketplace, os respondentes disseram que os principais são os melhores preços (65%) e as melhores opções de entregas (46%). Voltando à questão da decisão de compra pelo preço, 81% dos consumidores brasileiros afirmam que gostariam que seus varejistas preferidos tivessem marketplaces. Este mesmo número diz que tais plataformas são a maneira mais convenientes de comprar atualmente.
Comprador baseado em preços define varejo global
Segundo a pesquisa, grande parte dos consumidores digitais busca comprar no e-commerce com base nos preços dos produtos. Este ano, por exemplo, 43% dos entrevistados deixaram de comprar com varejistas específicos devido ao aumento de preços.
43% das pessoas reduziram seus gastos gerais e quatro em cada 10 entrevistados (41%) dizem que procuram produtos alternativos a um preço mais baixo
Outro ponto levantando é que quase três quartos (72%) das pessoas relacionadas evitaram comprar algo nos últimos 12 meses por conta da alta dos preços. Por consequência, houve um aumento das buscas no e-commerce por preços mais em conta — 49% dizem que é mais provável comprar online em tempos de altas na inflação.
E-commerce é sinônimo de preço e confiabilidade
Decisão mais consciente em relação ao preço dos produtos é uma das novas características do consumidor do e-commerce. Globalmente, 75% (três quartos) dos entrevistados esperam aumentar os gastos no digital ao longo dos próximos 12 meses caso encontrem melhores preços.
Enquanto 54% dizem encontrar preços mais acessíveis no e-commerce, 51% afirmam que provavelmente (ou muito provavelmente) comprarão de forma online em 2023. Com base nesses números, fica clara às marcas que a abordagem omnichannel será imprescindível para aumentar as vendas no ano.
A disponibilidade do produto é agora um diferenciador significativo. Segundo pesquisa, avisos frequentes de falta de estoque estão levando a mudanças de longo prazo no comportamento do cliente
O que os consumidores esperam dos marketplaces?
Ao serem questionados sobre o que esperam dos marketplaces no futuro, os consumidores digitais elencaram uma série de respostas. Entretanto, ficou entre os principais pedidos das pessoas o desejo pelo preço mais em conta.
Ainda assim, outros tópicos foram muito pedidos, como:
– Programas de fidelidade e associação (41%);
– Pop-ups nas lojas que mostram os produtos do marketplace pessoalmente (28%);
– Integração de compras com os aplicativos de mídia social mais recentes (20%);
– Seleção escolhida a dedo pelos influenciadores que eles seguem (19%).
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